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profº Jaílson Zaak Sam
Pedagógica Produção de textos
Seqüência Didática Ensino Fundamental II
Transformação de gêneros narrativos
Objetivos
- Ler, ouvir e interpretar poemas narrativos.
- Perceber o modo de organização de poemas narrativos.
- Ampliar as possibilidades de produção de textos coerentes.
Conteúdos
- Elementos de organização interna de poemas narrativos.
- Seqüência temporal de poemas narrativos.
- Coesão e coerência textual.
- Adaptação de gêneros da esfera literária (poema para teatro).
Anos
7º e 8º.
Tempo estimado
Cinco aulas.
etapa
Para a encenação, divida as turmas em cinco grupos, de modo que cada um encene uma das histórias do poema. As tarefas devem ser divididas: alguns criam os diálogos, enquanto outros pensam e preparam os figurinos e o cenário.
etapa
Apresentação para a classe da dramatização. Em seguida, reserve um momento para a autoavaliação.
Avaliação
Faça uma avaliação oral. Numa conversa com a turma, procure abordar desde o entendimento da estrutura do poema narrativo até as características e a criatividade da dramatização. Peça que cada aluno diga o que aprendeu. Assim, todos compartilharão o aprendizado
Editoriais de jornais - marcas lingüísticas de locutor e interlocutor ( parte 01)
Bloco de Conteúdo
Língua Portuguesa
Objetivos
Refletir sobre acontecimentos locais, nacionais e internacionais
Estabelecer relações entre gêneros jornalísticos dentro de um jornal
Reconhecer marcas linguísticas de locutor e interlocutor em editoriais de jornal
Praticar a escrita de editoriais com diferentes registros linguísticos
Conteúdos específicos
Variantes linguísticas
Gêneros jornalísticos
Anos 5º ao 9º
Tempo estimado 15 aulas
Material necessário
- Jornais recentes, sendo que ao menos um deles tenha as notícias organizadas em cadernos, como os de grande circulação.
- Originais e cópias de notícias de jornais que sejam polêmicas e com temáticas próximas dos alunos.
- Originais e cópias de editoriais que tragam temáticas ao mesmo tempo polêmicas e próximas dos alunos, retirados de jornais que tenham públicos-alvo diferentes. Se possível, que sejam sobre um mesmo assunto.
Desenvolvimento
Preparação
Com uma semana de antecedência, peça aos alunos que acompanhem os noticiários e, durante esse período, estimule-os a reportar, na sala, as notícias que estejam vendo.
1ª etapa
Ao iniciar as atividades em sala, convide os alunos para falar sobre os acontecimentos locais, do Brasil e do mundo, que os jornais publicaram como notícias ou reportagens. A ideia não será apenas buscar informações, mas também discutir os assuntos desses textos. Em seguida, mostre à sala os cadernos do jornal, chamando a atenção para seus títulos. Pergunte aos alunos quais notícias recentes, a partir dos noticiários que viram, poderiam ser publicados em cada editoria do jornal. Organize essas informações na lousa e peça para anotarem.
2ª etapa
Leia para os alunos uma das notícias que você trouxe. Então, com perguntas como: “o que acham?” ou "quem é a favor disso?", promova um pequeno debate e ajude-os a perceber os temas que podem ser discutidos a partir daquela notícia. Mostre também que, quando discutimos um tema, começamos a tomar posicionamentos e a tentar defender nossas opiniões. Em seguida, apresente as outras notícias que você trouxe e, a partir do título de cada uma, discuta em qual dos cadernos de um jornal elas poderiam ter sido publicadas. Comente também, rapidamente, a presença de elementos como subtítulo, nome do autor do texto, foto e legenda, entre outros. Lembre-se que todas essas notícias devem ser mostradas em seus suportes originais, ou seja, a própria folha do jornal. Isso é importante para os alunos tomarem contato com a diagramação original do veículo, o que pode suscitar reflexões como o maior ou menor destaque dado à notícia, a presença de propagandas e as relações entre esses e outros elementos no corpo da página. Por motivos práticos, no entanto, a página pode ser cortada para a confecção das cópias.
Divida, então, a sala em grupos de 3 ou 4 alunos e divida as notícias entre eles. Depois de ler o texto, os grupos deverão fazer uma lista de temas que possam ser discutidos a partir daquela notícia e, além disso, formular o posicionamento do grupo com relação a um dos temas. No final, cada grupo apresenta para a sala sua notícia, os temas e os posicionamentos.
3ª etapa
Explique aos alunos que os jornais também costumam ter uma parte dedicada a textos de opinião e que, entre eles, há os editoriais, que apresentam a opinião da empresa responsável pelo jornal. Mostre, em veículos diferentes, onde eles são publicados. Depois, distribua aos alunos cópias de dois editoriais de jornais que tenham públicos-alvo de diferentes níveis de renda, e que, se possível, sejam sobre um mesmo assunto. Peça para os alunos lerem e, depois, faça uma leitura compartilhada dos textos para levantar, com a turma, elementos como: de que notícia os editoriais tratam, que posicionamentos assumem e como os defendem.
Em seguida, pergunte aos estudantes se eles perceberam diferenças na escrita de cada um dos editoriais. Faça junto com a turma um levantamento dos recursos de linguagem presentes em cada texto, como: nível de formalidade das expressões e do vocabulário; uso de palavras mais técnicas, próprias do assunto tratado ou de termos mais populares; presença ou não de registro próximo da oralidade; uso de frases longas ou curtas. Crie um quadro com itens como esses, onde também apareçam exemplos de usos de cada um dos textos.
No caso dos editoriais, uma sugestão é apresentar como exemplos um do jornal Folha de S. Paulo e o outro do jornal Agora São Paulo. O interessante é perceber que ambos pertencem à mesma empresa, o Grupo Folha, o que pode permitir a discussão de questões a respeito da imagem que tem de seus interlocutores em cada jornal e sobre se há relação entre o posicionamento defendido no editorial de cada publicação e o público ao qual cada jornal se destina. Uma sugestão é analisar a cobertura da morte de Michael Jackson
4ª etapa
Ajude a turma a perceber, também, as semelhanças entre os dois textos, como a ausência do nome do autor e de uso de primeira pessoa. Discuta essas características para buscar hipóteses que as justifiquem. Registre na lousa e peça que os alunos também anotem as conclusões a que chegaram. Traga para a sala outros exemplos de editoriais que possam comprovar as características percebidas.
5ª etapa
Coloque, agora, os alunos na posição de redatores de editoriais de um jornal popular. Traga para a sala um editorial de um veículo voltado para um público mais escolarizado e peça-lhes que reescrevam o texto em versão popular. A atividade inversa também é possível.
Avaliação
Além de observar o envolvimento dos alunos em todo o processo, revise os textos com atenção e verifique se os alunos assimilaram a estrutura do gênero e as marcas linguísticas que caracterizam sua produção levando em conta cada público leitor.
Português
Texto embaralhado
Objetivos
Estruturar textos de forma coerente e coesa.
Refletir sobre os elementos responsáveis pela coesão dos parágrafos e construção do sentido do texto.
Ponto de partida
Texto completo
Garoto linha dura Deu-se que o Pedrinho estava jogando bola no jardim e, ao emendar a bola de bico por cima do travessão, a dita foi de contra a uma vidraça e despedaçou tudo. Pedrinho botou a bola debaixo do braço e sumiu até a hora do jantar, com medo de ser espinafrado pelo pai. Quando o pai chegou, perguntou à mulher quem quebrara o vidro e a mulher disse que foi o Pedrinho, mas que o menino estava com medo de ser castigado, razão pela qual ela temia que a criança não confessasse o seu crime. O pai chamou o Pedrinho e perguntou: - Quem quebrou o vidro, meu filho? Pedrinho balançou a cabeça e respondeu que não tinha a mínima idéia. O pai achou que o menino estava ainda sob o impacto do nervosismo e resolveu deixar para depois. Na hora em que o jantar ia para a mesa, o pai tentou de novo: - Pedrinho, quem foi que quebrou a vidraça, meu filho? - e, ante a negativa reiterada do filho, apelou: - Meu filhinho, pode dizer quem foi que eu prometo não castigar você. Diante disso, Pedrinho, com a maior cara-de-pau, pigarreou e lascou: - Quem quebrou foi o garoto do vizinho. - Você tem certeza? - Juro. Aí o pai se queimou e disse que, acabado o jantar, os dois iriam ao vizinho esclarecer tudo. Pedrinho concordou que era a melhor solução e jantou sem dar a menor mostra de remorso. Apenas - quando o pai fez ameaça - Pedrinho pensou um pouquinho e depois concordou. Terminado o jantar o pai pegou o filho pela mão e, já chateadíssimo, rumou para a casa do vizinho. Foi aí que Pedrinho provou que tinha idéias revolucionárias. Virou-se para o pai e aconselhou: - Papai, esse menino do vizinho é um subversivo desgraçado. Não pergunte nada a ele não. Quando ele vier atender à porta, o senhor vai logo tacando a mão nele.
(Stanislaw Ponte Preta, Dois amigos e um chato. São Paulo, Moderna, 1995.) |
Texto embaralhado
É necessário xerocar o texto em uma folha mais resistente do que a sulfite, depois é preciso recortar e montar um jogo para cada dupla ou trio da turma. Coloque os pedacinhos de texto em um envelope.
Garoto linha dura
Na hora em que o jantar ia para a mesa, o pai tentou de novo: - Pedrinho, quem foi que quebrou a vidraça, meu filho? - e, ante a negativa reiterada do filho, apelou: - Meu filhinho, pode dizer quem foi que eu prometo não castigar você. |
Quando o pai chegou, perguntou à mulher quem quebrara o vidro e a mulher disse que foi o Pedrinho, mas que o menino estava com medo de ser castigado, razão pela qual ela temia que a criança não confessasse o seu crime. |
O pai chamou o Pedrinho e perguntou: - Quem quebrou o vidro, meu filho? |
Papai, esse menino do vizinho é um subversivo desgraçado. Não pergunte nada a ele não. Quando ele vier atender à porta, o senhor vai logo tacando a mão nele. |
Terminado o jantar o pai pegou o filho pela mão e, já chateadíssimo, rumou para a casa do vizinho. Foi aí que Pedrinho provou que tinha idéias revolucionárias. Virou-se para o pai e aconselhou: |
- Diante disso, Pedrinho, com a maior cara-de-pau, pigarreou e lascou: |
- Quem quebrou foi o garoto do vizinho. |
- Pedrinho balançou a cabeça e respondeu que não tinha a mínima idéia. O pai achou que o menino estava ainda sob o impacto do nervosismo e resolveu deixar para depois. |
Aí o pai se queimou e disse que, acabado o jantar, os dois iriam ao vizinho esclarecer tudo. Pedrinho concordou que era a melhor solução e jantou sem dar a menor mostra de remorso. Apenas - quando o pai fez ameaça - Pedrinho pensou um pouquinho e depois concordou. |
Deu-se que o Pedrinho estava jogando bola no jardim e, ao emendar a bola de bico por cima do travessão, a dita foi de contra a uma vidraça e despedaçou tudo. Pedrinho botou a bola debaixo do braço e sumiu até a hora do jantar, com medo de ser espinafrado pelo pai. |
Estratégias
1) Organizar os alunos em duplas ou trios e entregar um envelope com texto embaralhado para cada grupo. Em seguida, oriente os alunos sobre a importância de observar atentamente cada parágrafo antes de montar o texto. Durante a realização da tarefa, observe as hipóteses levantadas pelos alunos para no momento da correção retomar dúvidas quanto à coesão e sentido do texto.
2) Realizar a correção oralmente e anotar na lousa as hipóteses e dúvidas da turma. Em seguida, entregue um texto completo para cada grupo e deixe que façam as correções e compreendam as escolhas do autor.
3) Retomar estudo sobre coesão e uso dos sinais de pontuação para construção dos sentidos do texto a partir do desempenho da turma.
Comentários
Após a montagem do texto, seria interessante propor algumas questões de interpretação e sugerir que os alunos continuassem o texto mostrando o que aconteceu quando o vizinho abriu a porta.
Português
Jogo da memória de pronomes
Objetivos
1) Reconhecer a função dos pronomes para a construção de sentidos nas diferentes situações comunicativas.
2) Reconhecer e classificar os pronomes.
Ponto de partida
Sugestão de cartas para o jogo da memória:
Cartas de classificação
PRONOME PESSOAL DO CASO RETO | PRONOME PESSOAL DO CASO OBLÍQUO | PRONOME DEMONSTRATIVO |
PRONOME DE TRATAMENTO | PRONOME POSSESSIVO | PRONOME INDEFINIDO |
PRONOME INTERROGATIVO | PRONOME RELATIVO |
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Cartas com exemplos
"Eu penso em você Desde o amanhecer Até quando eu me deito."
(Tribalistas) | "Já sei namorar Já sei chutar a bola Agora só me falta Ganhar."
(Tribalistas) | "Cada paralelepípedo Da velha cidade Essa noite vai Se arrepiar."
(Chico Buarque) |
"Você É algo assim É tudo pra mim É como eu sonhava, baby."
(Tim Maia) | "Meu filho vai ter Nome de santo Quero o nome mais Bonito."
(Legião Urbana | "E o que foi prometido, Ninguém prometeu."
(Legião Urbana) |
"Quem me chamou Quem vai querer voltar pro ninho Redescobrir, seu lugar."
(Guilherme Arantes) | "Longe se vai sonhando demais Mas onde se chega assim."
(Milton Nascimento) |
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Observação: Coloquei apenas um exemplo de cada classificação e escolhi trechos de música, mas o interessante é apresentar pelo menos dois exemplos de cada tipo de pronome e escolher trechos de textos trabalhados em aula.
Estratégias
1) Antes do início do jogo, fazer uma breve revisão sobre a função dos diferentes tipos de pronomes (na construção de sentidos em diversas situações comunicativas). Em seguida, organizar a turma em pequenos grupos e entregar o envelope com as cartas do jogo. Se preferir, entregue as folhas e peça que os alunos recortem as cartas e confeccionem os envelopes. No final do jogo, os alunos podem produzir as regras e uma síntese sobre o estudo realizado.
2) Instruções para o jogo (sugestão): colocar todas as cartas com exemplos viradas para baixo e as de classificação no canto da mesa, para serem compradas. Definir quem iniciará o jogo. Em seguida, o aluno deve comprar uma carta com a classificação do pronome e virar uma carta com exemplo. Se o exemplo corresponder à carta de classificação comprada, ele marca ponto e/ou joga novamente. Essas regras podem ser criadas pelos próprios alunos.
Comentários
1) Essa atividade deve ser realizada após estudo sistemático sobre pronomes.
2) O jogo pode ser construído pelos alunos durante o estudo sobre pronomes; eles podem selecionar os exemplos e definir outra forma de jogo sobre o conteúdo estudado.
Português
Ditado lacunado
Patrícia Cordeiro Sbrogio*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Objetivos
Refletir sobre as relações entre som e letra na língua portuguesa.
Refletir sobre regularidades e irregularidades ortográficas.
Grafar e acentuar corretamente as palavras.
Ponto de partida
Escolher o texto que será objeto da reflexão sobre grafia e acentuação das palavras. Nesse plano, utilizaremos o texto O ballet da ortografia, de Leon Eliachar, mas há muitas possibilidades.
Texto completo para reflexão inicial
O ballet da ortografia Às vezes quero dizer que saí e mandam botar acento no "i", porque se tirar o acento, quem sai não sou eu, é o outro - e é aí que está a diferença. Falam-me de ditongos, em hiatos, em dissílabos e proparoxítonas - palavras que me trazem amargas recordações de uma infância cheia de zeros. Quando vou a uma festa, nunca sei se devo dançar com "ç" ou com "s". Só depois dos primeiros passos é que percebo que quem dansa com "s" não sabe dançar. E quem sabe dançar fica cansado, com "s", pois só analfabeto se cança com "ç". Buzina é com "z", mas quem pode me garantir que se eu businar com "s" ninguém vai ouvir? Caçar é com "ç", mas também tem cassar com "ss" - mas isso se explica: caça-se um bicho e cassa-se um documento. Só não se pode cassar o documento de um sujeito que esteja caçando sem documento. Que a língua portuguesa tem seus truques, lá isso tem: o próprio truque, com "que" é uma adaptação do "truc" francês, provando que o truque brasileiro tem um certo "q". Mas isso não impede que o balé brasileiro seja dançado em francês, pois a palavra "ballet" impressionava mais, tanto que a usei no título. Mas vamos deixar isso pra lá que é falando que a gente se entende e não escrevendo.
(ELIACHAR, Leon. O Homem ao Cubo)
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Sugestão de texto lacunado para aplicação do ditado
O ballet da ortografia Às vezes quero dizer que saí e mandam botar ______________ no "i", porque se tirar o ____________, quem sai não sou eu, é o outro - e é aí que está a diferença. Falam-me de ditongos, em hiatos, em _________________ e proparoxítonas - palavras que me trazem amargas recordações de uma ______________ cheia de zeros. Quando vou a uma festa, nunca sei se devo _____________ com "ç" ou com "s". Só depois dos primeiros passos é que percebo que quem dansa com "s" não sabe __________. E quem sabe ___________ fica cansado, com "s", pois só analfabeto se cança com "ç". ____________ é com "____", mas quem pode me garantir que se eu ____________ com "__" ninguém vai ouvir? Caçar é com "ç", mas também tem cassar com "ss" - mas isso se explica: _________-se um bicho e ___________-se um documento. Só não se pode __________ o documento de um sujeito que esteja ___________ sem documento. Que a língua portuguesa tem seus truques, lá isso tem: o próprio truque, com "que" é uma adaptação do "truc" ___________, provando que o truque brasileiro tem um certo "q". Mas isso não impede que o balé brasileiro seja dançado em ____________, pois a palavra "ballet" _____________ mais, tanto que a usei no título. Mas vamos deixar isso pra lá que é falando que a gente se entende e não escrevendo.
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Estratégias
1. Antes de realizar o ditado, é necessário ler o texto uma vez e discutir com os alunos a questão da grafia das palavras, mostrando, a partir dos apontamentos da turma, que há na língua algumas regularidades, que devem ser observadas na escrita, e irregularidades, nesse caso o jeito é memorizar a grafia ou recorrer ao dicionário.
2. Depois da leitura e conversa inicial, a atividade do ditado pode ser aplicada. Cada aluno recebe uma folha com o texto lacunado. Em seguida, a professora realiza a leitura do texto e os alunos completam os espaços.
3. A correção pode ser feita na lousa ou com o uso de transparência. O importante é deixar os alunos apresentarem suas hipóteses e refletir sobre a grafia e como solucionar as dúvidas em cada caso. Pode-se montar um mural com as conclusões da turma.
Comentários
É possível realizar ditado lacunado para cada tipo de regularidade ortográfica. É bom ter um arquivo com textos mais adequados para cada assunto e na hora do estudo diversificar as atividades. O ditado lacunado com letras de música também é muito interessante.
Português
Receitas e o modo imperativo
Objetivos
Reconhecer a estrutura e as características do gênero receita (texto instrucional).
Compreender a função e empregar corretamente os verbos no modo imperativo.
Textos
Brigadeiro de microondas
Tipo de culinária: culinária popular
Categoria: doces
Rendimento: 30 porções
Ingredientes
1 lata de leite condensado
2 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 colher (sobremesa) de margarina
quanto baste de chocolate granulado
Modo de preparo
Coloque todos os ingredientes, menos o chocolate granulado, num refratário fundo e mexa bem. Leve ao microondas por 3 minutos na potência alta. Retire, mexa bem e depois coloque mais 4 minutos no microondas em potência alta. Retire, mexa novamente até ficar homogêneo, transfira a massa obtida para um prato raso. Espere esfriar e enrole os docinhos.
Quadro para revisão da formação do modo imperativo:
Presente do indicativo | Imperativo afirmativo | Presente do subjuntivo | Imperativo negativo |
Eu canto | _ | Que eu cante | _ |
Tu cantas > | Canta tu | Que tu cantes > | Não cantes tu |
Ela canta | Cante você | < Que ele cante > | Não cante você |
Nós cantamos | Cantemos nós | < Que nós cantemos > | Não cantemos nós |
Vós cantais > | Cantai vós | Que vós canteis > | Não canteis vós |
Eles cantam | Cantem vocês | < Que eles cantem > | Não cantem vocês |
Texto para os alunos completarem com os verbos no modo imperativo:
Bolo de chocolate crocante
Rendimento: 20 porções
Ingredientes da massa
6 ovos
2 xícaras (chá) de açúcar
1 colheres (sopa) de óleo de soja
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
4 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 colher (sopa) de amido de milho
1 xícaras (chá) de água quente
2 colheres (sobremesa) de fermento em pó
1 colher (café) de sal
4 xícaras (chá) de leite
1 lata de leite condensado
3 unidade(s) de gema de ovo
5 colheres (sobremesa) de chocolate em pó
4 colheres (sopa) de amido de milho
1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sobremesa) de essência de baunilha
1 lata de creme de leite gelado(s)
2 xícaras (chá) de açúcar
2 colheres (sopa) de manteiga
2 xícaras (chá) de nozes triturada(s)
2 colheres (sopa) de leite em pó
Ingredientes da calda
1/2 xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de água
1 unidade de canela em pau
3 unidades de cravo-da-índia
3 colheres(sopa) de rum
Modo de preparo Massa _____________ (bater) os ovos inteiros com o açúcar por 10 minutos. ___________ (diminuir) a velocidade da batedeira e _____________ (juntar) a água misturada ao óleo. ______________ (desligar) e _____________ (misturar) delicadamente a farinha peneirada juntamente com o chocolate em pó, o amido de milho, o sal e o fermento em pó. ________________ (colocar) a massa em assadeira untada e polvilhada com farinha de trigo. _____________ (levar) ao forno médio (180ºC), pré-aquecido, para assar.
Creme _______________ (bater) no liquidificador o leite, o leite condensado, as gemas, o chocolate em pó e o amido de milho. ____________ (levar) ao fogo juntamente com a manteiga. ______________ (mexer) até engrossar. _______________ (retirar) do fogo. ______________ (juntar) a baunilha e o creme de leite. ____________ (colocar) um pedaço de filme plástico sobre a superfície do creme para não criar película enquanto esfria.
Recheio _______________ (levar) ao fogo o açúcar com a manteiga. ____________ (deixar) caramelizar. ___________ (juntar) a castanha de caju ou as nozes, e _______________ (despejar) sobre mármore untado. ____________ (deixar) esfriar e ____________ (quebrar) em pedaços. ________________ (colocar) em um saco plástico com o leite em pó e ______________ (bater) com um martelo de carne para triturar. ______________ (reservar).
Calda Numa panela, _______________ (misturar) todos os ingrediente, exceto o rum, e __________ (levar) para ferver em fogo baixo, por 4 minutos. _____________ (retirar) do fogo e ______________ (juntar) o rum. _____________ (reservar).
Montagem do bolo ___________ (cortar) a massa do bolo ao meio, e __________ (regar) com a calda. ___________ (espalhar) uma camada farta de creme e metade do crocante. ____________ (colocar) a outra massa do bolo com a parte do corte virada para cima. ____________ (regar) com a calda, ______________ (espalhar) o creme por todo o bolo e _____________ (salpicar) o restante do crocante por cima. __________ (levar) à geladeira. __________ (servir) bem gelado. Dica: de preferência, ____________ (preparar) esse bolo de véspera, pois fica mais gostoso.
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Estratégias
1. Apresentar para os alunos diferentes textos instrucionais. Após a socialização e leitura dos textos, é importante a construção de um quadro com as características dos textos instrucionais, principalmente, das receitas.
2. Retomar a função e formação do modo imperativo.
3. Entregar uma folha para cada aluno com a receita sem os verbos conjugados e pedir para que completem os espaços considerando a função da receita e a formação do modo imperativo (a atividade pode ser realizada em pequenos grupos, pois a discussão será importante).
4. A correção pode ser feita na lousa com alunos voluntários. Durante a correção, poderá ser feito um diagnóstico dos avanços da turma em relação à flexão verbal e, se necessário, aplicar novas atividades com textos diferentes.
Comentários
Seria interessante que os alunos pesquisassem em casa e apresentassem para a turma diferentes receitas, nesse caso, o estudo pode ser mais significativo, pois os textos poderão trazer histórias de família.
Preparar uma receita escolhida pela turma ou fazer um lanche com os pratos trazidos pelos alunos também é uma boa opção para ampliar o estudo e mostrar a relevância dos textos no nosso cotidiano.
Pode-se aproveitar o estudo sobre receita para retomar o estudo sobre numerais e mostrar como os diferentes tipos de numerais aparecem nesse gênero.
Usar regras do jogo e manuais para refletir sobre o uso do imperativo também é interessante.
Português
Narrativa em três vias
O que são jogos teatrais?
Os jogos teatrais são procedimentos lúdicos com regras explícitas. A palavra teatro tem sua origem no vocábulo grego theatron que significa "local de onde se vê" (platéia). A palavra drama, também oriunda da língua grega, quer dizer "eu faço, eu luto". No jogo dramático entre sujeitos (faz-de-conta) todos são "fazedores" da situação imaginária, todos são "atores". Nos jogos teatrais o grupo de sujeitos que joga pode se dividir em "times" que se alternam nas funções de "atores" e de "público", isto é, os sujeitos "jogam" para outros que os "observam" e "observam" outros que "jogam". (Slade,1978, p.18 apud Japiassu, 1998).
Como surgiu?
Foi Viola Spolin quem, de forma pioneira, elaborou a sistematização de uma proposta para o ensino do teatro, em contextos formais e não-formais de educação, através de jogos teatrais. Ao longo de quase três décadas de pesquisas junto a crianças, pré-adolescentes, adolescentes, jovens, adultos e idosos nos Estados Unidos da América, Spolin, utilizando a estrutura do jogo com regras como base para o treinamento de teatro ambicionava libertar a criança e o ator amador de comportamentos de palco mecânicos e rígidos. Seus esforços resultaram no oferecimento de um detalhado programa de oficina de trabalho com a linguagem teatral destinado a escolas, centros comunitários, grupos amadores e companhias teatrais.
Ponto de partida
Você pode introduzir aos poucos os jogos teatrais em suas aulas de língua portuguesa. Lembre-se de que é um jogo. Se algum aluno não quiser participar, não tem problema. Ele ficará de fora como platéia, somente assistindo - isso poderá instigá-lo a entrar no jogo. Os demais participantes são jogadores, sendo assim, deverão obedecer estritamente às regras, que serão ditas pelo professor, que neste caso estará desempenhando o papel de coordenador. A narrativa em três vias é um excelente exercício de escrita, através dos jogos teatrais.
Objetivos
1) Levar os alunos ao desenvolvimento da escrita imaginativa (literária);
2) Motivar os alunos a manter contato com a literatura;
3) Desenvolver técnicas de narração;
4) Desenvolver a habilidade de concentração.
Estratégias
1) Peça aos alunos que dividam uma folha de caderno, na horizontal, em três colunas;
2) Dite para eles somente o início de três narrativas famosas ou não (uma em cada coluna);
3) Peça para que enumerem as colunas de 1 a 3;
4) Explique que, daquele ponto em diante das narrativas, eles irão dar continuidade às histórias;
5) No entanto, somente escreverão por intermédio de seus comandos, isto é, você que determinará o tempo e em qual coluna eles irão escrever. Reforce a necessidade de eles respeitarem as regras, afinal, é um jogo.
6) Dê o comando para que mudem de coluna de modo alternado. Ex.: "Agora, coluna número 3!", passados alguns minutos, "Coluna número 1!". E assim por diante. Obs.: vá diminuindo o espaço de tempo entre uma mudança e outra.
7) Decorridos alguns minutos, diga para que dêem um rumo final para história, isto é, um desfecho, porque dali alguns minutos você encerrará o jogo.
Comentários
Este é um excelente exercício para se treinar a concentração e a escrita, a partir da criação de enredos. No início, é natural as histórias se misturarem. A cada jogo, vá criando novas regras com o intuito de atingir um novo grau de dificuldade.